segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Botticelli - O Nascimento da Vênus


Encomendada por Lorenzo di Médici para a sua Villa Medicea di Castello,  o quadro faz par com a tela Primavera e constituem um dos trabalhos mais conhecidos do pintor.
A pintura é uma representação alegórica da Deusa Vênus emergindo do mar como uma mulher adulta, representando a descrição da mitologia romana. Alguns críticos consideram que a obra procura captar, de forma requintada, os ideais platônicos da verdade e da beleza. Alguns especialistas argumentam que a deusa nua não representaria a paixão terrena, carnal, e sim a paixão espiritual.
A anatomia da Deusa, assim como vários outros detalhes, não acompanha o realismo clássico de Leonardo da Vinci ou Rafael. O pescoço é demasiado  longo e o ombro esquerdo posiciona-se em ângulo anatomicamente improvável. Não se sabe se tais detalhes são resultados de erro ou tratam-se simplesmente licença poética, mas não chegam a atrapalhar a beleza da obra, e alguns chegam a sugerir que seriam presságios do vindouro Maneirismo.
Atualmente, a obra está exposta na Galeira Uffizi, em Florença na Itália, a técnica empregada nesta obra é a têmpera sobre tela e o quadro mede 172,5 cm de altura por 278,5 cm de largura.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Botticelli - Primavera

Em minha opinião, é um dos mais belos quadros da renascença italiana. Foi pintado, por Botticelli, entre os anos 1470 e 80. Trata-se de uma obra mitológica clássica, uma alegoria da chegada da estação das flores. Nele a habilidade de desenhista do consagrado pintor florentino cria uma atmosfera de grande sensibilidade, realçada nas mãos elegantes da Vênus, no vestido de Flora e nas túnicas transparentes das Três Graças. Eis uma visão de primavera - visão da arte - que não tem nada a ver com a racionalidade e a frieza da definição científica das estações do ano.
Têmpera sobre painel de madeira, 205 x 315 cm. Galeria Uffizi – Itália.


Botticelli - A Calunia de Apelles

Dentro de uma composição severa, a figura da Calúnia - apresentada como repugnante - impõe-se à fraqueza do julgamento humano, que a prefere em detrimento da verdade.

Calumny of Apelles, 1494-95
(Galeria degli Uffizi, Florença, Itália)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Sandro Botticelli (1445 - 1510)


Pintor italiano e um dos mais notáveis artistas do movimento Renascentista

Nascido em Florença, foi aprendiz de Andrea del Verrocchio na mesma época em que com ele estudava Leonardo da Vinci. Em 1470, abriu seu próprio ateliê.
Boa parte da sua carreira foi dedicada à pintura de retratos para as grandes famílias florentinas, grande parte deles para os Médici.
Protegido dos Médici, para os quais executou preciosos registros da pintura de cunho mitológico, foi bem relacionado no círculo florentino, trabalhando também para o Vaticano.
Em 1481, esteve em Roma, para participar dos trabalhos na Capela Sistina, onde pintou os frescos As Provações de Moisés, O Castigo dos Rebeldes e A Tentação de Cristo. Em 1505, fez parte do Comitê Florentino, organizado para decidir onde seria colocado o Davi de Michelangelo. Na temática religiosa destacam-se também São Sebastião (1473) e um afresco sobre Santo Agostinho. Na década de 1490, quando os Médici foram expulsos de Florença, Botticelli passou por uma crise religiosa e tornou-se discípulo do monge beneditino Girolamo Savonarola, que pregava a austeridade e a reforma, mas Botticelli jamais deixou Florença. Nessa nova fase destacam-se: A Natividade Mística (década de 1490), e A Crucificação Mística (c. 1496). Todos expressam intensa devoção religiosa e representam certo retrocesso no desenvolvimento de seu estilo.

Destacam-se entre eles duas obras-primas que estão na Galeria degli Uffizi, em Florença: Primavera (c.1478) e O Nascimento de Vênus (c.1485) -- pinturas de suprema graciosidade e tão famosas que se tornaram praticamente símbolos do Renascimento.